OS SETE PECADOS CAPITAIS -7º PECADO CAPITAL - PREGUIÇA
Baseado no livro "Os Sete Pecados Capitais" - Os Guinness.
Provérbios 6:6-11
Introdução
A fábula da formiga e a cigarra é originária do escritor ESOPO (sec. VI a.C.), pai do gênero literário “Fábula”.
Tendo a cigarra cantado durante o verão,
Apavorou-se com o frio da próxima estação.
Sem mosca ou verme para se alimentar,
Com fome, foi ver a formiga, sua vizinha,
pedindo-lhe alguns grãos para aguentar
Até vir uma época mais quentinha!
- "Eu lhe pagarei", disse ela,
- "Antes do verão, palavra de animal,
Os juros e também o capital."
A formiga não gosta de emprestar,
É esse um de seus defeitos.
"O que você fazia no calor de outrora?"
Perguntou-lhe ela com certa esperteza.
- "Noite e dia, eu cantava no meu posto,
Sem querer dar-lhe desgosto."
- "Você cantava? Que beleza!
Pois, então, dance agora!"
Esclarecimentos sobre a preguiça:
1 - Sua exclusividade está no fato de ser um pecado de omissão, e não um estado de comissão, a ausencia de uma atitude positiva, e não a presença de uma atitude negativa.
2 – A preguiça é muito mais que indolência, ociosidade física ou estado de letargia – Ela é a condição de desânimo espiritual explícito que desistiu de buscar a Deus, à verdade, ao bom e ao belo.
A preguiça afeta principalmente a vida espiritual, pois o homem nesta condição deixa de entender o significado da vida, da vocação divina e do seu chamado ao trabalho do Reino de Deus.A preguiça, além de ser um problema social, é também um problema espiritual.
NARRAÇÃO
O livro de Provérbios é um livro que se enquadra na literatura poética.
São três autores:
1 – Salomão – Pv. 1:1; 10:1; 2 – Agur – Pv. 30:1; 3 – Lemuel – 31:1.
Certamente, Salomão é o maior autor de todo o livro.
Data: aproximadamente sec. X a.C.
Propósito: Infundir sabedoria e discrição aos homens, especialmente no caso dos símplices, destituídos de experiência na vida. Veja 1:4: “para dar aos simples prudência e aos jovens, conhecimento e bom siso”.
Enquanto se entende que a busca da sabedoria deve ser empenhada pelos mais jovens e inexperientes, infelizmente, muitos cristãos adultos precisam também retornar a essa fonte sapiencial.
Divisão: Duas divisões principais:
1- 1:1-9:18 – Coletânea de 16 discursos mais extensos de admoestações, advertências e instruções, quanto a temas do dia-a-dia.
2- 10:1-22:16 – Máximas expressivas sob forma de linhas poéticas, que tratam das virtudes, vícios e suas conseqüências. A preguiça é o 11º discurso.
I – A METÁFORA ENTRE A FORMIGA E O PREGUIÇOSO (6:6-8)
Não podemos negar que a metáfora que Salomão usa aqui é propositalmente irônica e humilhante.São três comparações que o autor apresenta, que serve de alerta para lutarmos contra a preguiça.
A – A formiga é sábia, o preguiçoso é tolo (v. 6)
Em outras palavras, as formigas são mais sábias que o homem preguiçoso. A loucura do preguiçoso está no fato dela estar totalmente desconectada com a realidade da vida. E mais, o preguiçoso é alvo de escárnio, ou deboche (Pv. 26:13-16).
B – A formiga toma iniciativa, o preguiçoso é letárgico (v. 7)
O preguiçoso é totalmente alienado da vida.
Dorothy Leigh Sayers (1893-1957) : No mundo ele (pecado capital da preguiça) se autodenomina tolerância; mas no inferno é chamado de desespero. É cúmplice dos outros pecados e sua pior punição. É o pecado que não acredita em nada, não se preocupa com nada, não procura conhecer coisa alguma, não interfere em nada, não se alegra com nada, não ama nada, não odeia nada, não acha propósito em nada, não vive para nada e apenas permanece vivo porque não há nada pelo que morrer.
Pessoas apáticas, sem iniciativa para tudo na vida (Pv. 10:26). E o pior: São totalmente sem iniciativas na obra do Senhor Jesus. Muitos têm que ser tocados com ferrões, como se fosse um bando de gado irracional.
C – A formiga é previdente, o preguiçoso é imprudente (v. 8)
Enquanto a formiga trabalha incansavelmente para ter o que comer no inverno, o preguiçoso não se preocupa com isso, levando sua vida à miséria e mendicância.
Napoleão Bonaparte disse: "perder batalhas, mas ninguém jamais me verá perder tempo por motivo de confiança excessiva ou preguiça".
Muitos não estudam no tempo certo, não trabalham no tempo certo, não se preparam para as labutas da vida no tempo certo. Depois, lastimam da vida, e jogam a culpa nas outras pessoas (Pv. 19:15; 31:27).
Como anda tua vida, comparada com a formiga, querido?! Você é alguém sábio que tem atentado para esses seres vivos tão prudentes e trabalhadores? Você é sábio, você toma iniciativas, você é previdente?
Vai ter com a formiga...
II – CONFRONTO DIRETO COM O PREGUIÇOSO (6:9-11)
Da metáfora, Salomão vai direto ao confronto com o pecado capital da preguiça. E, da mesma forma, ele apresenta três observações importantes:
A – O pecado da preguiça leva à indiferença (v. 9)
A problema da preguiça, além de não fazer nada é não se empenhar por nada. Veja Pv. 12:27; 13:4.
Veja este texto de Blaise Pascal. Blaise Pascal (1623-1662) está entre os mais eminentes cristãos e pensadores ocidentais - era cientista, matemático e apologista cristão.
Ele disse: “Assim, se duvidar é um grande mal, buscar a verdade é, no mínimo, um dever indispensável quando se tem dúvida, e, desse modo, quem duvida e não procura a verdade é ao mesmo tempo bastante infeliz e injusto; além disso, não tenho qualificação para uma criatura tão extravagante que vive tranqüila e feliz, gaba-se disso e envaidece-se com isso e, nesse estado, encontra motivo para alegria” (Pensées [Pensamentos]).
B – O pecado da preguiça leva a falta de objetividade (v. 10)
Veja os textos: Pv. 19:24. Ao contrário do que muitos pensam, podemos encontrar preguiça até mesmo no ativismo, pois muitas pessoas se escondem atrás de um ativismo para não se aprofundarem em nada.
São pessoas que vivem suas vidas, sem objetivos; apenas vivendo cada dia.Você pergunta pra ela onde ela quer estar daqui a 5 anos, e elas não sabem responder, porque têm preguiça de focar, de se empenhar por seus sonhos.
C – O pecado da preguiça leva a Ruína (v. 11)
Muitas pessoas estão colhendo hoje o que plantaram em suas vidas. Veja os textos: Pv. 13:4ª; 20:4; 21:25; 24:30-34; Ec. 10:18. São pessoas que trazem desgraça para si e para aqueles que estão perto dele. Não tomam iniciativa, não arrumam uma torneira vazando, não cortam a grama, não ajudam o pastor, não são bons funcionários etc. Deus está te confrontando hoje, querido.
III – A CURA PARA A PREGUIÇA – TRABALHO (6:6ª)
A principal virtude da formiga é o trabalho diligente.
A – Trabalhe diligentemente
E nós temos o exemplo disso na Bíblia:
• O próprio Deus (Is. 64:4);
• Paulo (II Co. 11);
• Jesus (Jo. 5:17).
B – Trabalhe naquilo que vale a pena
O contraponto da lassidão espiritual da preguiça é o anseio apaixonado por justiça, a essência da busca. Nas palavras de Jesus: "Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfeitos" (Mt 5.6).
CONCLUSÃO
A preguiça é um pecado capital sério, que tem levado ao prejuízo do Reino de Deus.
Aplicações:
1- A preguiça pode trazer prejuízos morais e espirituais para tua vida;
2- A preguiça pode estar travestida de ativismo, porém sem foco;
3- A vitória sobre a preguiça é uma vida de serviço a Deus.
Fuja da preguiça e seja um vitorioso.
Rev. Cleber Macedo de Oliveira
terça-feira, 24 de maio de 2011
terça-feira, 17 de maio de 2011
SÉRIE "OS SETE PECADOS CAPITAIS"
OS SETE PECADOS CAPITAIS 6º PECADO CAPITAL - INVEJA
Baseado no livro "Os Sete Pecados Capitais" - Os Guinness
I Samuel 18:6-16
Introdução
A Revista Veja lançou uma edição sobre o tema da inveja em 2009. A inveja é um tema universal, pois fala da natureza humana. E não importa em qual cultura estejamos, a inveja sempre existirá. Ela foi protagonista de grandes eventos da história da humanidade, separando grandes personalidades, fomentando intrigas e destruindo vidas. Da mesma forma, a inveja hoje é um instrumento de destruição do homem e seu semelhante, e o povo de Deus precisa lutar contra este pecado capital.
CONTEXTO
Os livros de Samuel tem como seu principal autor Samuel, sacerdote e profeta. Os livros narram a transição da teocracia para a monarquia de Israel, citando a história de dois grandes reis: Saul e Davi. Em I Samuel, principalmente, vemos a ascensão e ruína do rei Saul, que tem início no capítulo 15ss. A rejeição de Saul e a escolha de Davi levaram o coração de Saul a um sentimento terrível: a inveja; pois Saul viu em Davi alguém que poderia tirar-lhe o trono.
Quando falamos em inveja, precisamos entender algumas coisas:
1 - A inveja é o pecado capital que ninguém confessa com prazer, pois é um pecado que não possui gratificação alguma (diferente do orgulho, da ganância e da glutonaria). A inveja é a antítese do prazer.
Veja o que diz São Basílio, o Grande:
"Não há vício mais pernicioso do que a inveja implantada no coração humano. Essa paixão é primeiramente um prejuízo para a pessoa culpada, mas não causa danos aos outros... A inveja é a dor causada pela prosperidade do próximo. Por conseguinte, uma pessoa invejosa sempre possui um motivo para tristeza e desânimo... A pior característica dessa dor, no entanto, é que a vitima não pode revelá-la a ninguém".
2 – A inveja não é o desejo pelo que o outro tem, mas, sim, o desgosto pelo outro ter.
A inveja entra em ação quando vemos a felicidade e o sucesso de outra pessoa. Santo Agostinho disse: A inveja é o "desgosto pelo bem alheio".
Sendo assim, a inveja é um pecado capital perigosíssimo, pois gera murmuração ao próximo, detração, ódio, exultação pela adversidade alheia e aflição pela prosperidade alheia. O que podemos aprender com o texto bíblico?
I – A INVEJA É UM PECADO POR PROXIMIDADE (18:6-7)
No capítulo 17, Davi mata Golias. No capítulo 18:5, Davi era totalmente apoiado por Saul. Mas, por que a inveja brota no coração de Saul somente no versículo 6 em diante? É porque Davi, nas narrativas anteriores não ofereceria perigo ao reinado de Saul. Agora, com as canções das mulheres, Davi passou a ser um pretenso igual. Estamos sempre propensos a invejar as pessoas que estão próximas de nós com dons, temperamentos ou posições parecidas.
Assim, mães são sempre propensas a invejar outras mães; escritores, outros escritores; advogados, outros advogados; políticos, outros políticos; ministros, outros ministros, e assim por diante. Tomás de Aquino disse: “...apenas sentimos inveja daqueles a quem pretendemos igualar-nos...não só o rei não inveja o plebeu; também o plebeu não inveja o rei. E, assim, um homem não inveja os que estão muito longe por lugar, tempo ou prestígio; mas os que estão perto – esses são os que incomodam...”.
Desejar o que o outro tem não é inveja. Inveja é, além de desejar o que o outro tem, e fazer com que ele não tenha e garantir de que não obterá.É por isso que Pv. 14:30 diz: “...a inveja é a podridão dos ossos”. A inveja revela nossa mediocridade, pois não queremos que o nosso igual seja melhor que nós. Queremos que ele se rebaixe à nossa miserabilidade. Enquanto Davi não oferecia perigo a Saul, ele também o amava. Agora, Davi é uma ameaça a Saul.
Ilustração prática: a) Quando treinamos um funcionário, e ele recebe mais elogios do que nós. O que era um discípulos transforma-se num concorrente em potencial; b) No ministério também é assim. Os pupilos que treinávamos para o ministério, no ministério se tornam colegas rivais.
II – A INVEJA É ALTAMENTE SUBJETIVA (18:8-9)
Não existe uma lógica objetiva no pecado capital da inveja.
A – A subjetividade da inveja está na interpretação de cada um (v. 8)
Criar canções era muito comum entre os judeus. Sentimos inveja por coisas que nos envergonharíamos se fossem expostas aos outros. Só por causa de uma “cançãozinha” Saul passou a ter tristeza no coração (desagradou em extremo) pelo herói de Israel. Essa subjetividade revela a infantilidade do nosso coração nas coisas triviais do dia-a-dia.
Ilustração: a) A irmã fica com inveja da outra por causa do vestido que ela usa; b) O irmão fica com inveja do outro só porque ele tem um carro melhor que o seu; c) Ficamos com inveja quando o irmão conta a bênção da casa própria, da enfermidade curada etc.
B – A subjetividade da inveja está no olhar de quem vê (v. 9)
Lemos em Pv. 28:22: “Aquele que tem olhos invejosos corre atrás das riquezas...”. A inveja está nos olhos de quem vê. Como diz um provérbio russo: "A inveja olha para o zimbro e vê uma floresta de pinheiros".
Ex. Caim invejou Abel; Os irmãos de José invejaram-no; Saul teve inveja de Davi; Os fariseus tiveram inveja de Jesus; na igreja primitiva, muitos pregavam por inveja.
Aplicação: Como saber se estou com inveja: Se eu sentir tristeza no meu coração por meu irmão ganhar algo, comprar ou ser elogiado mais do que eu, então, eu tenho inveja.
III – A INVEJA É AUTODESTRUIDORA (18:10-16)
O que o invejoso não pode usufruir, ninguém pode, portanto, o invejoso perde todo e qualquer prazer. A partir do capítulo 18 a vida de Saul consistiu em perseguir e procurar destruir a Davi.
A – A inveja destrói nosso caráter
A inveja nos faz escravos dos nossos sentimentos mais vis. Veja isso em Saul: a) raiva (v. 10); b) medo (v. 12, 15); c) separação (v. 13); d) vingança (cap. 19; 24; 26. Veja os textos que evidenciam como trazemos a tona nossos sentimentos mais estranhos: Sl. 37:1; 73:3; Pv. 3:31; 23:17; 24:1.
B – A inveja destrói nosso amor ao próximo
O alvo da vida de Saul é destruir Davi, mesmo que isso lhe custe a própria vida.
Ilustração: Parábola judaica sobre um homem invejoso e um ganancioso que encontraram um rei:
Disse o rei: "Um de vocês pode me pedir algo e lho concederei, e cuidarei que o outro ganhe duas vezes mais". Isso deixou os dois homens em um dilema. O invejoso não quis ser o primeiro a pedir, pois invejava seu companheiro que receberia porção dobrada. Mas o ganancioso também não quis ser o primeiro, pois queria ter tudo, tudo que alguém pudesse eventualmente receber. Por fim, o ganancioso persuadiu o invejoso a ser o primeiro a fazer o pedido. Então, o invejoso pediu ao rei que arrancasse um de seus olhos, sabendo que, dessa maneira, seu companheiro teria os dois olhos arrancados.
Conclusão: Os consumidos pela inveja se dispõem a sofrer grandes prejuízos, desde que aquele a quem inveja sofra ainda mais.
CONCLUSÃO
Aplicação:
Regras para compromissos corporativos:
Nós, que subscrevemos as regras abaixo, concordamos que:
1- Não daremos ouvido nem inquiriremos voluntariamente sobre qualquer maledicência concernente a um de nós.
2- Se escutarmos algo maléfico com respeito a algum de nós, não acreditaremos de imediato.
3- Comunicaremos o que ouvimos o mais breve possível, falando ou escrevendo à pessoa em referência.
4- Não escreveremos nem diremos uma sílaba sequer daquilo que nos foi dito a qualquer pessoa, seja quem for, antes do pleno esclarecimento do assunto.
5- Depois disso, não mencionaremos o que for comentado a qualquer outra pessoa.
6- Não abriremos nenhuma exceção a qualquer uma dessas Regras, a não ser que, em conjunto, acreditemos que somos absolutamente obrigados a fazê-lo.
John Wesley (1703-1791) e Charles Simeon (1759-1836) (ministros da igreja da Inglaterra)
Rev. Cleber Macedo de Oliveira
Baseado no livro "Os Sete Pecados Capitais" - Os Guinness
I Samuel 18:6-16
Introdução
A Revista Veja lançou uma edição sobre o tema da inveja em 2009. A inveja é um tema universal, pois fala da natureza humana. E não importa em qual cultura estejamos, a inveja sempre existirá. Ela foi protagonista de grandes eventos da história da humanidade, separando grandes personalidades, fomentando intrigas e destruindo vidas. Da mesma forma, a inveja hoje é um instrumento de destruição do homem e seu semelhante, e o povo de Deus precisa lutar contra este pecado capital.
CONTEXTO
Os livros de Samuel tem como seu principal autor Samuel, sacerdote e profeta. Os livros narram a transição da teocracia para a monarquia de Israel, citando a história de dois grandes reis: Saul e Davi. Em I Samuel, principalmente, vemos a ascensão e ruína do rei Saul, que tem início no capítulo 15ss. A rejeição de Saul e a escolha de Davi levaram o coração de Saul a um sentimento terrível: a inveja; pois Saul viu em Davi alguém que poderia tirar-lhe o trono.
Quando falamos em inveja, precisamos entender algumas coisas:
1 - A inveja é o pecado capital que ninguém confessa com prazer, pois é um pecado que não possui gratificação alguma (diferente do orgulho, da ganância e da glutonaria). A inveja é a antítese do prazer.
Veja o que diz São Basílio, o Grande:
"Não há vício mais pernicioso do que a inveja implantada no coração humano. Essa paixão é primeiramente um prejuízo para a pessoa culpada, mas não causa danos aos outros... A inveja é a dor causada pela prosperidade do próximo. Por conseguinte, uma pessoa invejosa sempre possui um motivo para tristeza e desânimo... A pior característica dessa dor, no entanto, é que a vitima não pode revelá-la a ninguém".
2 – A inveja não é o desejo pelo que o outro tem, mas, sim, o desgosto pelo outro ter.
A inveja entra em ação quando vemos a felicidade e o sucesso de outra pessoa. Santo Agostinho disse: A inveja é o "desgosto pelo bem alheio".
Sendo assim, a inveja é um pecado capital perigosíssimo, pois gera murmuração ao próximo, detração, ódio, exultação pela adversidade alheia e aflição pela prosperidade alheia. O que podemos aprender com o texto bíblico?
I – A INVEJA É UM PECADO POR PROXIMIDADE (18:6-7)
No capítulo 17, Davi mata Golias. No capítulo 18:5, Davi era totalmente apoiado por Saul. Mas, por que a inveja brota no coração de Saul somente no versículo 6 em diante? É porque Davi, nas narrativas anteriores não ofereceria perigo ao reinado de Saul. Agora, com as canções das mulheres, Davi passou a ser um pretenso igual. Estamos sempre propensos a invejar as pessoas que estão próximas de nós com dons, temperamentos ou posições parecidas.
Assim, mães são sempre propensas a invejar outras mães; escritores, outros escritores; advogados, outros advogados; políticos, outros políticos; ministros, outros ministros, e assim por diante. Tomás de Aquino disse: “...apenas sentimos inveja daqueles a quem pretendemos igualar-nos...não só o rei não inveja o plebeu; também o plebeu não inveja o rei. E, assim, um homem não inveja os que estão muito longe por lugar, tempo ou prestígio; mas os que estão perto – esses são os que incomodam...”.
Desejar o que o outro tem não é inveja. Inveja é, além de desejar o que o outro tem, e fazer com que ele não tenha e garantir de que não obterá.É por isso que Pv. 14:30 diz: “...a inveja é a podridão dos ossos”. A inveja revela nossa mediocridade, pois não queremos que o nosso igual seja melhor que nós. Queremos que ele se rebaixe à nossa miserabilidade. Enquanto Davi não oferecia perigo a Saul, ele também o amava. Agora, Davi é uma ameaça a Saul.
Ilustração prática: a) Quando treinamos um funcionário, e ele recebe mais elogios do que nós. O que era um discípulos transforma-se num concorrente em potencial; b) No ministério também é assim. Os pupilos que treinávamos para o ministério, no ministério se tornam colegas rivais.
II – A INVEJA É ALTAMENTE SUBJETIVA (18:8-9)
Não existe uma lógica objetiva no pecado capital da inveja.
A – A subjetividade da inveja está na interpretação de cada um (v. 8)
Criar canções era muito comum entre os judeus. Sentimos inveja por coisas que nos envergonharíamos se fossem expostas aos outros. Só por causa de uma “cançãozinha” Saul passou a ter tristeza no coração (desagradou em extremo) pelo herói de Israel. Essa subjetividade revela a infantilidade do nosso coração nas coisas triviais do dia-a-dia.
Ilustração: a) A irmã fica com inveja da outra por causa do vestido que ela usa; b) O irmão fica com inveja do outro só porque ele tem um carro melhor que o seu; c) Ficamos com inveja quando o irmão conta a bênção da casa própria, da enfermidade curada etc.
B – A subjetividade da inveja está no olhar de quem vê (v. 9)
Lemos em Pv. 28:22: “Aquele que tem olhos invejosos corre atrás das riquezas...”. A inveja está nos olhos de quem vê. Como diz um provérbio russo: "A inveja olha para o zimbro e vê uma floresta de pinheiros".
Ex. Caim invejou Abel; Os irmãos de José invejaram-no; Saul teve inveja de Davi; Os fariseus tiveram inveja de Jesus; na igreja primitiva, muitos pregavam por inveja.
Aplicação: Como saber se estou com inveja: Se eu sentir tristeza no meu coração por meu irmão ganhar algo, comprar ou ser elogiado mais do que eu, então, eu tenho inveja.
III – A INVEJA É AUTODESTRUIDORA (18:10-16)
O que o invejoso não pode usufruir, ninguém pode, portanto, o invejoso perde todo e qualquer prazer. A partir do capítulo 18 a vida de Saul consistiu em perseguir e procurar destruir a Davi.
A – A inveja destrói nosso caráter
A inveja nos faz escravos dos nossos sentimentos mais vis. Veja isso em Saul: a) raiva (v. 10); b) medo (v. 12, 15); c) separação (v. 13); d) vingança (cap. 19; 24; 26. Veja os textos que evidenciam como trazemos a tona nossos sentimentos mais estranhos: Sl. 37:1; 73:3; Pv. 3:31; 23:17; 24:1.
B – A inveja destrói nosso amor ao próximo
O alvo da vida de Saul é destruir Davi, mesmo que isso lhe custe a própria vida.
Ilustração: Parábola judaica sobre um homem invejoso e um ganancioso que encontraram um rei:
Disse o rei: "Um de vocês pode me pedir algo e lho concederei, e cuidarei que o outro ganhe duas vezes mais". Isso deixou os dois homens em um dilema. O invejoso não quis ser o primeiro a pedir, pois invejava seu companheiro que receberia porção dobrada. Mas o ganancioso também não quis ser o primeiro, pois queria ter tudo, tudo que alguém pudesse eventualmente receber. Por fim, o ganancioso persuadiu o invejoso a ser o primeiro a fazer o pedido. Então, o invejoso pediu ao rei que arrancasse um de seus olhos, sabendo que, dessa maneira, seu companheiro teria os dois olhos arrancados.
Conclusão: Os consumidos pela inveja se dispõem a sofrer grandes prejuízos, desde que aquele a quem inveja sofra ainda mais.
CONCLUSÃO
Aplicação:
Regras para compromissos corporativos:
Nós, que subscrevemos as regras abaixo, concordamos que:
1- Não daremos ouvido nem inquiriremos voluntariamente sobre qualquer maledicência concernente a um de nós.
2- Se escutarmos algo maléfico com respeito a algum de nós, não acreditaremos de imediato.
3- Comunicaremos o que ouvimos o mais breve possível, falando ou escrevendo à pessoa em referência.
4- Não escreveremos nem diremos uma sílaba sequer daquilo que nos foi dito a qualquer pessoa, seja quem for, antes do pleno esclarecimento do assunto.
5- Depois disso, não mencionaremos o que for comentado a qualquer outra pessoa.
6- Não abriremos nenhuma exceção a qualquer uma dessas Regras, a não ser que, em conjunto, acreditemos que somos absolutamente obrigados a fazê-lo.
John Wesley (1703-1791) e Charles Simeon (1759-1836) (ministros da igreja da Inglaterra)
Rev. Cleber Macedo de Oliveira
sábado, 14 de maio de 2011
SÉRIE "OS SETE PECADOS CAPITAIS" - 5o - GLUTONARIA
OS SETE PECADOS CAPITAIS - 5º - GLUTONARIA
Baseado no livro "Os Sete Pecados Capitais" - Os Guinness
Filipenses 3:17-21
Introdução
Quando falamos em glutonaria podemos trazer à memória os grandes banquetes da Roma Antiga. O filme que mais retrata essa história é Satyricon (conhecido como Satyricon de Fellini ou Fellini - Satyricon) é um filme italiano de 1969 dirigido por Federico Fellini, baseado no livro homônimo escrito pelo autor romano Petrônio no século I. Ali é esboçada os grandes banquetes da Roma decadente moralmente, com seus vomitódromos e orgias sem fim.
Dedicada à gratificação do apetite, a glutonaria procede de um terrível vazio e leva a um terrível vazio que - não importa quanto nos empanturremos — nunca é preenchido. As pessoas comem em demasia para compensar o vazio emocional. Mas há um outro tipo de glutonaria no período contemporâneo: saímos do excesso para a delicadeza. Para a maior parte do ocidente, a mudança da escassez para a abundância aconteceu no século dezenove. Paralelamente, acompanhando essa mudança, temos a mudança da glutonaria do excesso para a glutonaria da delicadeza.
CONTEXTO
Filipenses é a carta da alegria. Seu vocábulo aparece por 20 vezes só nesta carta. Porém, não havia motivos humanos para Paulo se alegrar com seus irmãos:
• Ele estava preso em Roma;
• Muitos irmãos o haviam abandonado;
• Problemas estavam surgindo no meio da comunidade de Filipos.
Paulo escreve essa carta para encorajar aqueles irmãos a permanecerem firmes na fé, mesmo quando alguns estavam abandonando o Senhor (3:18-19). Muitos crentes, por se preocuparem somente com as coisas dessa terra, estão se desviando do Senhor, mesmo estando dentro da comunidade dos santos. A glutonaria, certamente, é um dos pecados capitais, pois através dele se desencadeia uma série de outros pecados: egoísmo, inveja, hedonismo, descontrole etc.
O que podemos aprender na Bíblia sobre este pecado da glutonaria?
I – A GLUTONARIA É PECAMINOSA PORQUE É UM TIPO DE IDOLATRIA (3:17-19ª)
Assim como um deus pagão precisa ser satisfeito com sacrifícios, assim é o estômago do glutão.
A – Por ser idolatria, a glutonaria é inimiga da Cruz de Cristo (v. 17-18)
Muitas pessoas não entendem que o comer compulsivo é uma entrega descontrolada ao ventre e, conseqüentemente, uma rejeição dos ensinamentos da Bíblia. Veja Rm. 14:17: “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo”. Quando Jesus foi tentado, ele repreendeu Satanás com as seguintes palavras: “...Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mt. 4:3-4). Quando Jesus viu uma grande multidão o procurando, ele sabia que o motivo verdadeiro era por causa de comida. Diz o texto: “...vós me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes” (Jo. 6:26-27). Paulo se entristecia ao saber que irmãos da comunidade tinha outro deus em suas vidas. Eram glutões, beberrões etc.
B – Por ser idolatria, a glutonaria pode transformar o sagrado em profano (v. 18)
Perceba que Paulo está falando de irmãos da comunidade de Filipos. Veja 3:2. Em outras palavras, podemos estar na casa de Deus, cultuando a Deus, e, ao mesmo tempo, camuflados de outras intenções em nossos corações. Um exemplo clássico disso é na Santa Ceia. Veja I Co. 11:20-22. Veja o que diz jd. 12.
Muitos dos nossos cultos podem estar contaminados de pecados quando o auge não é o Pão celestial, mas sim o pão material. Tem gente que vai nos cultos pelo cardápio que é oferecido naquela casa ou igreja.
Ilustração: Alguns cultos lá em Frutal eram pouco freqüentados, porque os anfitriões davam suco de groselha com biscoito seco. Mas, nos lares onde eles sabiam que os anfitriões caprichavam no lanche, enchia de gente. Temos até muitas brincadeiras quando se fala de crentes que gostam de comer porque não podem beber etc. Até que ponto você não tem idolatrado teu ventre querido?
II – A GLUTONARIA É PECAMINOSA PORQUE DEMONSTRA UM COMPORTAMENTO EGOÍSTA (3:19b)
“...a glória deles está na sua infâmia...”. O prazer do glutão está em satisfazer seu egoísmo.
A – O glutão, por ser egoísta, é insaciável
Você já viu um glutão ser moderado. Sempre há espaço para mais um pedacinho. Leia Pv. 13:25: “O justo tem o bastante para satisfazer o seu apetite, mas o estômago dos perversos passa fome”. Por isso a recomendação de Pv. 23:2: “Mete uma faca à tua garganta, se és homem glutão”. Na parábola do rico e Lázaro, lemos em Lc. 16:19: “Ora, havia certo homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo e que, todos os dias, se regalava esplendidamente”. Já percebeu como demonstramos isso desde criança?! Basta pedir um pedacinho daquilo que as crianças estão comendo, que eles geralmente negam.
B – O glutão, por ser egoísta, traz prejuízos espirituais e físicos para sua vida
O glutão se esquece que terá que prestar contas diante de Deus, e não atenta para sua alma. Veja Lucas 21:34; Hb. 13:9. Quando não controlamos nossa boca, trazemos sérios problemas para nossa saúde. E aí pecamos, pois nosso corpo pertence a Deus, e somos templo do seu Espírito Santo (I Co. 6:19). O texto da revista Veja (22/03/2000, pág. 114) diz: “... o comer compulsivo não só dilata o estômago como provoca distúrbios cardiovasculares, eleva a taxa de colesterol e aumenta a propensão ao diabete”.
Quantos irmãos têm destruído suas vidas por serem glutões, por não seguirem dietas corretas para determinadas enfermidades que possuem. Isso é egoísmo, e isso é pecado.
III – A SOLUÇÃO PARA A PECAMINOSIDADE DA GLUTONARIA É A MODERAÇÃO (3:20-21)
O texto se divide em duas seções claramente. A primeira seção fala do olhar do homem para esta terra. A segunda seção fala do olhar do homem para o lar celestial. Quando o homem se volta somente para esta terra, há o desequilíbrio, em todas as áreas. Mas, quando eu me volto para Deus, a moderação é o ponto de equilíbrio em minha vida.
A – Siga as instruções bíblicas sobre o comer e beber
Veja as instruções bíblicas:
• Pv. 23:20-21: “Não estejas entre os bebedores de vinho nem entre os comilões de carne. Porque o beberrão e o comilão caem em pobreza...”.
• Dn. 1:8: “Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; então, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contaminar-se”.
• Sl. 141:3-4: “Põe guarda, Senhor, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios. Não permita que meu coração se incline para o mal, para a prática da perversidade na companhia de homens que são malfeitores; e não coma eu das suas iguarias”.
Se você não consegue se conter, rogue a Deus que lhe dê moderação. Sem moderação, poderemos dar mal testemunho onde estivermos.
B – Faça da comida e bebida instrumento de glorificação a Deus
Portanto, lembremos das palavras do apóstolo Paulo: “Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra cousa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (I Co. 10:31). Pergunte a você mesmo se seu modo de se alimentar glorifica a Deus. Pense nos escândalos que podem ser evitados se eu me comportar moderadamente em momentos de festas e alegrias com meus irmãos. Glorifique a Deus com a atitude da moderação.
CONCLUSÃO
Os vícios do passado não podem se repetir nos dias de hoje, principalmente na vida daqueles que são lavados e regenerados por Jesus Cristo. Eis algumas aplicações:
1) Não faça do teu ventre um deus – Muitas pessoas têm se entregado totalmente a esses prazeres carnais. Cuidado, pois são um pecado odioso a Deus.
2) Fuja do egoísmo da glutonaria – O glutão é egoísta e só pensa em si. Fuja deste pecado também.
3) É possível comer bem, sem pecar – É possível à Igreja realizar festas alegres, de comunhão, e que glorifiquem a Deus. Não é preciso pecar pela gula.
Rev. Cleber Macedo de Oliveira
Baseado no livro "Os Sete Pecados Capitais" - Os Guinness
Filipenses 3:17-21
Introdução
Quando falamos em glutonaria podemos trazer à memória os grandes banquetes da Roma Antiga. O filme que mais retrata essa história é Satyricon (conhecido como Satyricon de Fellini ou Fellini - Satyricon) é um filme italiano de 1969 dirigido por Federico Fellini, baseado no livro homônimo escrito pelo autor romano Petrônio no século I. Ali é esboçada os grandes banquetes da Roma decadente moralmente, com seus vomitódromos e orgias sem fim.
Dedicada à gratificação do apetite, a glutonaria procede de um terrível vazio e leva a um terrível vazio que - não importa quanto nos empanturremos — nunca é preenchido. As pessoas comem em demasia para compensar o vazio emocional. Mas há um outro tipo de glutonaria no período contemporâneo: saímos do excesso para a delicadeza. Para a maior parte do ocidente, a mudança da escassez para a abundância aconteceu no século dezenove. Paralelamente, acompanhando essa mudança, temos a mudança da glutonaria do excesso para a glutonaria da delicadeza.
CONTEXTO
Filipenses é a carta da alegria. Seu vocábulo aparece por 20 vezes só nesta carta. Porém, não havia motivos humanos para Paulo se alegrar com seus irmãos:
• Ele estava preso em Roma;
• Muitos irmãos o haviam abandonado;
• Problemas estavam surgindo no meio da comunidade de Filipos.
Paulo escreve essa carta para encorajar aqueles irmãos a permanecerem firmes na fé, mesmo quando alguns estavam abandonando o Senhor (3:18-19). Muitos crentes, por se preocuparem somente com as coisas dessa terra, estão se desviando do Senhor, mesmo estando dentro da comunidade dos santos. A glutonaria, certamente, é um dos pecados capitais, pois através dele se desencadeia uma série de outros pecados: egoísmo, inveja, hedonismo, descontrole etc.
O que podemos aprender na Bíblia sobre este pecado da glutonaria?
I – A GLUTONARIA É PECAMINOSA PORQUE É UM TIPO DE IDOLATRIA (3:17-19ª)
Assim como um deus pagão precisa ser satisfeito com sacrifícios, assim é o estômago do glutão.
A – Por ser idolatria, a glutonaria é inimiga da Cruz de Cristo (v. 17-18)
Muitas pessoas não entendem que o comer compulsivo é uma entrega descontrolada ao ventre e, conseqüentemente, uma rejeição dos ensinamentos da Bíblia. Veja Rm. 14:17: “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo”. Quando Jesus foi tentado, ele repreendeu Satanás com as seguintes palavras: “...Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mt. 4:3-4). Quando Jesus viu uma grande multidão o procurando, ele sabia que o motivo verdadeiro era por causa de comida. Diz o texto: “...vós me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes” (Jo. 6:26-27). Paulo se entristecia ao saber que irmãos da comunidade tinha outro deus em suas vidas. Eram glutões, beberrões etc.
B – Por ser idolatria, a glutonaria pode transformar o sagrado em profano (v. 18)
Perceba que Paulo está falando de irmãos da comunidade de Filipos. Veja 3:2. Em outras palavras, podemos estar na casa de Deus, cultuando a Deus, e, ao mesmo tempo, camuflados de outras intenções em nossos corações. Um exemplo clássico disso é na Santa Ceia. Veja I Co. 11:20-22. Veja o que diz jd. 12.
Muitos dos nossos cultos podem estar contaminados de pecados quando o auge não é o Pão celestial, mas sim o pão material. Tem gente que vai nos cultos pelo cardápio que é oferecido naquela casa ou igreja.
Ilustração: Alguns cultos lá em Frutal eram pouco freqüentados, porque os anfitriões davam suco de groselha com biscoito seco. Mas, nos lares onde eles sabiam que os anfitriões caprichavam no lanche, enchia de gente. Temos até muitas brincadeiras quando se fala de crentes que gostam de comer porque não podem beber etc. Até que ponto você não tem idolatrado teu ventre querido?
II – A GLUTONARIA É PECAMINOSA PORQUE DEMONSTRA UM COMPORTAMENTO EGOÍSTA (3:19b)
“...a glória deles está na sua infâmia...”. O prazer do glutão está em satisfazer seu egoísmo.
A – O glutão, por ser egoísta, é insaciável
Você já viu um glutão ser moderado. Sempre há espaço para mais um pedacinho. Leia Pv. 13:25: “O justo tem o bastante para satisfazer o seu apetite, mas o estômago dos perversos passa fome”. Por isso a recomendação de Pv. 23:2: “Mete uma faca à tua garganta, se és homem glutão”. Na parábola do rico e Lázaro, lemos em Lc. 16:19: “Ora, havia certo homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo e que, todos os dias, se regalava esplendidamente”. Já percebeu como demonstramos isso desde criança?! Basta pedir um pedacinho daquilo que as crianças estão comendo, que eles geralmente negam.
B – O glutão, por ser egoísta, traz prejuízos espirituais e físicos para sua vida
O glutão se esquece que terá que prestar contas diante de Deus, e não atenta para sua alma. Veja Lucas 21:34; Hb. 13:9. Quando não controlamos nossa boca, trazemos sérios problemas para nossa saúde. E aí pecamos, pois nosso corpo pertence a Deus, e somos templo do seu Espírito Santo (I Co. 6:19). O texto da revista Veja (22/03/2000, pág. 114) diz: “... o comer compulsivo não só dilata o estômago como provoca distúrbios cardiovasculares, eleva a taxa de colesterol e aumenta a propensão ao diabete”.
Quantos irmãos têm destruído suas vidas por serem glutões, por não seguirem dietas corretas para determinadas enfermidades que possuem. Isso é egoísmo, e isso é pecado.
III – A SOLUÇÃO PARA A PECAMINOSIDADE DA GLUTONARIA É A MODERAÇÃO (3:20-21)
O texto se divide em duas seções claramente. A primeira seção fala do olhar do homem para esta terra. A segunda seção fala do olhar do homem para o lar celestial. Quando o homem se volta somente para esta terra, há o desequilíbrio, em todas as áreas. Mas, quando eu me volto para Deus, a moderação é o ponto de equilíbrio em minha vida.
A – Siga as instruções bíblicas sobre o comer e beber
Veja as instruções bíblicas:
• Pv. 23:20-21: “Não estejas entre os bebedores de vinho nem entre os comilões de carne. Porque o beberrão e o comilão caem em pobreza...”.
• Dn. 1:8: “Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; então, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contaminar-se”.
• Sl. 141:3-4: “Põe guarda, Senhor, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios. Não permita que meu coração se incline para o mal, para a prática da perversidade na companhia de homens que são malfeitores; e não coma eu das suas iguarias”.
Se você não consegue se conter, rogue a Deus que lhe dê moderação. Sem moderação, poderemos dar mal testemunho onde estivermos.
B – Faça da comida e bebida instrumento de glorificação a Deus
Portanto, lembremos das palavras do apóstolo Paulo: “Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra cousa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (I Co. 10:31). Pergunte a você mesmo se seu modo de se alimentar glorifica a Deus. Pense nos escândalos que podem ser evitados se eu me comportar moderadamente em momentos de festas e alegrias com meus irmãos. Glorifique a Deus com a atitude da moderação.
CONCLUSÃO
Os vícios do passado não podem se repetir nos dias de hoje, principalmente na vida daqueles que são lavados e regenerados por Jesus Cristo. Eis algumas aplicações:
1) Não faça do teu ventre um deus – Muitas pessoas têm se entregado totalmente a esses prazeres carnais. Cuidado, pois são um pecado odioso a Deus.
2) Fuja do egoísmo da glutonaria – O glutão é egoísta e só pensa em si. Fuja deste pecado também.
3) É possível comer bem, sem pecar – É possível à Igreja realizar festas alegres, de comunhão, e que glorifiquem a Deus. Não é preciso pecar pela gula.
Rev. Cleber Macedo de Oliveira
SÉRIE "OS SETE PECADOS CAPITAIS" - 4o - IRA
OS SETE PECADOS CAPITAIS - 4º - IRA
Baseado no livro "Os Sete Pecados Capitais" - Os Guinness
Mateus 5:21-26
Introdução
No mês de novembro, os sites de notícias mostraram o perfil de mães que mataram seus filhos. Dentre muitos motivos, uma mãe matou seu filho porque ele estava chorando demais enquanto ela estava descansando. A ira tomou conta daquela mãe, e ela simplesmente matou e silenciou seu filho.
É importante entender que nem toda ira é pecado. Existe uma “ira” santa, registrada na Bíblia. Veja, por exemplo, Sl. 4:4: "Irai-vos e não pequeis; consultai no travesseiro o coração e sossegai". Ou lembre de textos onde o Senhor Deus se ira contra o pecado e pune com fúria o mesmo (Is. 34:2-3,6,8).
João Crisóstomo, o antigo Pai da Igreja, escreveu: "Aquele que não fica irado quando é preciso, peca". Eu posso ficar irado contra o sistema de corrupção, contra a violência, contra a desigualdade, até contra aqueles que praticam tais atrocidades. Mas, eu não posso deixar que a ira contra o mal se transforme em ódio mortal.
CONTEXTO
O sermão do Monte é uma abordagem de Jesus acerca do cidadão do Reino dos Céus. Ele começa isso nas Bem-Aventuranças (5:1-12). A seguir, ele passa a revelar as funções e o propósito do crente nesta vida (5:13-16). Depois, Jesus apresenta a relação do seu ensino com a lei (5:17-20).
Agora, a partir do versículo 21, Jesus entra numa seção de re-interpretação do ensino dos escribas e fariseus (5:20), com seções: “ouvistes o que foi dito”; “eu, porém, vos digo”. São seis contrastes assim (5:21, 27,31,33,38,43). Jesus está propondo uma verdadeira interpretação da lei, contrária a falsa interpretação dos escribas e fariseus (somente os escribas e fariseus conheciam o aramaico e hebraico e podiam ler e interpretar a lei de Moisés). Nosso texto fala sobre ódio, ira, fúria, falta de perdão etc. O pecado capital da ira toma maior espaço no sermão do monte do que qualquer outro assunto. Veja: 5:21-26, 38-48. Quais são as conseqüências de um coração dominado pela ira?
I – A IRA CRIA UM OBSTÁCULO RELACIONAL (5:21-22)
Perceba que a interpretação dos fariseus quanto a este mandamento (não matarás) está errado.
A – Eu sou passivo de julgamento quando, no meu coração, me iro contra meu irmão (v. 22ª)
Para os fariseus, somente o homicídio está qualificado nesse mandamento, com seu respectivo julgamento (Nm. 35:30-31). Eles se esqueceram completamente da ira sem motivo, guardada no coração contra um irmão. Perceba que o texto está falando de irmãos em Cristo Jesus. E qualquer que ter esse sentimento é passível de julgamento.
B – Eu sou passível de julgamento quando, sem motivo, manifesto desprezo pelo meu irmão (v. 22b)
Na versão corrigida é usada a palavra “raca”, ou seja “sujeito indigno”. O desprezo ao próximo, que é um sentimento de zombaria ou escárnio, é atitude que acaba levando a pessoa a cometer um homicídio. Podemos destruir a reputação de um homem, podemos espalhar maledicência ou procurar erros nas outras pessoas etc. Tudo isso é pecado contra o mandamento: “Não matarás”.
C – Eu sou passível de julgamento quando, deliberadamente, manifesto ira para com meu irmão (v. 22c)
Agora, a declaração é franca e aberta. O ódio tomou conta do coração e sou totalmente passível de julgamento a inferno de fogo. Por isso, não há brigas justificáveis, do tipo: “Você não acha eu tenho razão ao reagir assim?”. Nossa ira deve ser contra o pecado e não contra o pecador. E nós precisamos avaliar isso criteriosamente. Muitos irmãos estão se destruindo pelo ódio um ao outro. Pela falta de perdão etc. (Mt. 18:21-35). Você tem perdoado a teu irmão, ou tem odiado teu irmão? (Mt. 6:14-15).
II – A IRA CRIA UM OBSTÁCULO ESPIRITUAL (5:23-26)
Talvez alguém julgue que se, tão somente, não pensar nada de errado contra seu irmão, não maldizê-lo para outros, e não ofendê-lo com palavras terá cumprido o mandamento de “Não matarás”. Porém, isso é apenas uma análise negativa do problema. Precisamos, agora, dar outro passo para que não venhamos a ter problemas na nossa adoração.
A – Cuidado com as manobras espirituais (v. 23-24)
Muitos de nós tentamos justificar nossa ira com oferendas a Deus, numa tentativa de contrabalancear o bem e o mal. Mas, Jesus conhece essas astúcias do nosso coração (Lc. 16:15). Se, na minha adoração, lembrar que de alguma forma pequei contra meu irmão ou o fiz pecar, é preferível deixar Deus esperando do que continuar apresentando algo inaceitável diante de Deus (Sl. 66:18; Is. 1:11-13; I Sm. 15:22).
B – Resolva seus problemas relacionais rapidamente para não prejudicar teu relacionamento espiritual (v. 25-26)
Quão urgente é resolvermos nossos problemas com nossos irmãos! Não corra o risco de você ir para a eternidade com essa dívida diante do tribunal de Cristo. Quantos não estão guardando ódio no coração para com seu pai, sua mãe, seu irmão, seu patrão etc. Enquanto você está nesta terra, procure resolver teus problemas rapidamente.
III – A IRA CRIA UM OBSTÁCULO MORAL (5:43-47)
Certamente, essa passagem é uma das mais difíceis de ser praticada em nossas vidas. Como amar o inimigo? Como amar aquele que nos maltrata, nos ofende, que quer ver nossa ruína?
A – A crise moral no entendimento errado do mandamento (v. 43)
Mais uma vez os fariseus interpretaram errado os textos do Antigo Testamento (Lv. 19:18). Os fariseus diziam que eles deveriam amar somente os judeus, e odiar os demais povos, pois eram considerados seus inimigos. É exatamente assim que muitos crentes vivem. Consideram muito seus irmãos de fé, mas desprezam totalmente os demais seres humanos. O pior é quando muitas denominações se arrogam mais santas, e desprezam completamente as outras.
B – O desafio de agir positivamente em favor dos nossos inimigos (v. 44-47)
O filósofo Nietzsche, afirmou que essa exortação dada por Jesus é uma evidência clara de que a ética cristã é designada para os fracos e os covardes, e não para os fortes e os corajosos. Enquanto na seção anterior (v. 38-42), Jesus nos desafia a um ação passiva de não reação, agora ele nos instiga a uma ação ativa ou positiva ante nossos inimigos: devemos amá-los. Então, Nietzsche errou, pois perdoar os inimigos é para os fortes e não para os fracos. Marthin Luther King analisou essa passagem da seguinte maneira: Por que devemos amar nossos inimigos?
1 - A primeira razão é bastante óbvia. Retribuir ódio com ódio multiplica o ódio, adicionando ainda mais escuridão à noite já desprovida de estrelas...
2- Outra razão por que devemos amar nossos inimigos é que o ódio macula o coração e distorce a personalidade...
3 - A terceira razão pela qual devemos amar nossos inimigos é por que o amor é a única força capaz de transformar um inimigo em amigo. Nunca nos livraremos de um inimigo ao retribuir ódio com ódio; só é possível nos livrarmos de um inimigo livrando-nos da inimizade.
Abraham Lincoln adotou o caminho do amor e legou à história um drama magnífico de reconciliação. Quando estava em campanha para a presidência, havia entre seus arquiinimigos um homem chamado Stanton. Por alguma razão, Stanton odiava Lincoln. Lincoln, quando presidente dos Estados Unidos, precisou escolher o homem que preencheria o cargo de Secretário de Guerra. Vocês imaginam quem Lincoln escolheu para essa posição? Nada menos que o homem chamado Stanton. Assim, Stanton tornou-se o Secretário de Guerra de Abraham Lincoln e prestou serviços inestimáveis à nação e ao presidente.
4 – A quarta razão está expressa claramente nas palavras de Jesus: "Amem os seus inimigos [...] para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus". Somos chamados a essa difícil tarefa a fim de termos uma relação exclusiva com Deus (I Jo. 3:11-16; 4:7-21).
Napoleão Bonaparte, o grande gênio militar, ao recordar seus anos de conquista disse: "Alexandre, César, Carlos Magno e eu construímos grandes impérios. Mas em que nos apoiamos? Unicamente na força. Contudo, há séculos, Jesus começou um império baseado no amor, e ainda hoje milhares de pessoas morreriam por ele". Você só será vencedor quando amar teus inimigos (Mt. 5:48).
CONCLUSÃO
A ira é um dos pecados capitais mais destruidores já vistos. Portanto, precisamos lutar contra a ira diariamente.
APLICAÇÕES:
1 – Deus sonda os nossos corações, e sabe como está nosso coração para com nosso próximo.
2 – Muitos crentes têm deixado de receber bênçãos em suas vidas por causa da ira guardada em seus corações.
3 – Deus não está perguntando quem está com a razão; Deus está ordenando amar nossos inimigos.
4 – O contraponto da ira são as bem-aventuranças de Mt. 5:5,9: “Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra; bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus.
Rev. Cleber Macedo de Oliveira
Baseado no livro "Os Sete Pecados Capitais" - Os Guinness
Mateus 5:21-26
Introdução
No mês de novembro, os sites de notícias mostraram o perfil de mães que mataram seus filhos. Dentre muitos motivos, uma mãe matou seu filho porque ele estava chorando demais enquanto ela estava descansando. A ira tomou conta daquela mãe, e ela simplesmente matou e silenciou seu filho.
É importante entender que nem toda ira é pecado. Existe uma “ira” santa, registrada na Bíblia. Veja, por exemplo, Sl. 4:4: "Irai-vos e não pequeis; consultai no travesseiro o coração e sossegai". Ou lembre de textos onde o Senhor Deus se ira contra o pecado e pune com fúria o mesmo (Is. 34:2-3,6,8).
João Crisóstomo, o antigo Pai da Igreja, escreveu: "Aquele que não fica irado quando é preciso, peca". Eu posso ficar irado contra o sistema de corrupção, contra a violência, contra a desigualdade, até contra aqueles que praticam tais atrocidades. Mas, eu não posso deixar que a ira contra o mal se transforme em ódio mortal.
CONTEXTO
O sermão do Monte é uma abordagem de Jesus acerca do cidadão do Reino dos Céus. Ele começa isso nas Bem-Aventuranças (5:1-12). A seguir, ele passa a revelar as funções e o propósito do crente nesta vida (5:13-16). Depois, Jesus apresenta a relação do seu ensino com a lei (5:17-20).
Agora, a partir do versículo 21, Jesus entra numa seção de re-interpretação do ensino dos escribas e fariseus (5:20), com seções: “ouvistes o que foi dito”; “eu, porém, vos digo”. São seis contrastes assim (5:21, 27,31,33,38,43). Jesus está propondo uma verdadeira interpretação da lei, contrária a falsa interpretação dos escribas e fariseus (somente os escribas e fariseus conheciam o aramaico e hebraico e podiam ler e interpretar a lei de Moisés). Nosso texto fala sobre ódio, ira, fúria, falta de perdão etc. O pecado capital da ira toma maior espaço no sermão do monte do que qualquer outro assunto. Veja: 5:21-26, 38-48. Quais são as conseqüências de um coração dominado pela ira?
I – A IRA CRIA UM OBSTÁCULO RELACIONAL (5:21-22)
Perceba que a interpretação dos fariseus quanto a este mandamento (não matarás) está errado.
A – Eu sou passivo de julgamento quando, no meu coração, me iro contra meu irmão (v. 22ª)
Para os fariseus, somente o homicídio está qualificado nesse mandamento, com seu respectivo julgamento (Nm. 35:30-31). Eles se esqueceram completamente da ira sem motivo, guardada no coração contra um irmão. Perceba que o texto está falando de irmãos em Cristo Jesus. E qualquer que ter esse sentimento é passível de julgamento.
B – Eu sou passível de julgamento quando, sem motivo, manifesto desprezo pelo meu irmão (v. 22b)
Na versão corrigida é usada a palavra “raca”, ou seja “sujeito indigno”. O desprezo ao próximo, que é um sentimento de zombaria ou escárnio, é atitude que acaba levando a pessoa a cometer um homicídio. Podemos destruir a reputação de um homem, podemos espalhar maledicência ou procurar erros nas outras pessoas etc. Tudo isso é pecado contra o mandamento: “Não matarás”.
C – Eu sou passível de julgamento quando, deliberadamente, manifesto ira para com meu irmão (v. 22c)
Agora, a declaração é franca e aberta. O ódio tomou conta do coração e sou totalmente passível de julgamento a inferno de fogo. Por isso, não há brigas justificáveis, do tipo: “Você não acha eu tenho razão ao reagir assim?”. Nossa ira deve ser contra o pecado e não contra o pecador. E nós precisamos avaliar isso criteriosamente. Muitos irmãos estão se destruindo pelo ódio um ao outro. Pela falta de perdão etc. (Mt. 18:21-35). Você tem perdoado a teu irmão, ou tem odiado teu irmão? (Mt. 6:14-15).
II – A IRA CRIA UM OBSTÁCULO ESPIRITUAL (5:23-26)
Talvez alguém julgue que se, tão somente, não pensar nada de errado contra seu irmão, não maldizê-lo para outros, e não ofendê-lo com palavras terá cumprido o mandamento de “Não matarás”. Porém, isso é apenas uma análise negativa do problema. Precisamos, agora, dar outro passo para que não venhamos a ter problemas na nossa adoração.
A – Cuidado com as manobras espirituais (v. 23-24)
Muitos de nós tentamos justificar nossa ira com oferendas a Deus, numa tentativa de contrabalancear o bem e o mal. Mas, Jesus conhece essas astúcias do nosso coração (Lc. 16:15). Se, na minha adoração, lembrar que de alguma forma pequei contra meu irmão ou o fiz pecar, é preferível deixar Deus esperando do que continuar apresentando algo inaceitável diante de Deus (Sl. 66:18; Is. 1:11-13; I Sm. 15:22).
B – Resolva seus problemas relacionais rapidamente para não prejudicar teu relacionamento espiritual (v. 25-26)
Quão urgente é resolvermos nossos problemas com nossos irmãos! Não corra o risco de você ir para a eternidade com essa dívida diante do tribunal de Cristo. Quantos não estão guardando ódio no coração para com seu pai, sua mãe, seu irmão, seu patrão etc. Enquanto você está nesta terra, procure resolver teus problemas rapidamente.
III – A IRA CRIA UM OBSTÁCULO MORAL (5:43-47)
Certamente, essa passagem é uma das mais difíceis de ser praticada em nossas vidas. Como amar o inimigo? Como amar aquele que nos maltrata, nos ofende, que quer ver nossa ruína?
A – A crise moral no entendimento errado do mandamento (v. 43)
Mais uma vez os fariseus interpretaram errado os textos do Antigo Testamento (Lv. 19:18). Os fariseus diziam que eles deveriam amar somente os judeus, e odiar os demais povos, pois eram considerados seus inimigos. É exatamente assim que muitos crentes vivem. Consideram muito seus irmãos de fé, mas desprezam totalmente os demais seres humanos. O pior é quando muitas denominações se arrogam mais santas, e desprezam completamente as outras.
B – O desafio de agir positivamente em favor dos nossos inimigos (v. 44-47)
O filósofo Nietzsche, afirmou que essa exortação dada por Jesus é uma evidência clara de que a ética cristã é designada para os fracos e os covardes, e não para os fortes e os corajosos. Enquanto na seção anterior (v. 38-42), Jesus nos desafia a um ação passiva de não reação, agora ele nos instiga a uma ação ativa ou positiva ante nossos inimigos: devemos amá-los. Então, Nietzsche errou, pois perdoar os inimigos é para os fortes e não para os fracos. Marthin Luther King analisou essa passagem da seguinte maneira: Por que devemos amar nossos inimigos?
1 - A primeira razão é bastante óbvia. Retribuir ódio com ódio multiplica o ódio, adicionando ainda mais escuridão à noite já desprovida de estrelas...
2- Outra razão por que devemos amar nossos inimigos é que o ódio macula o coração e distorce a personalidade...
3 - A terceira razão pela qual devemos amar nossos inimigos é por que o amor é a única força capaz de transformar um inimigo em amigo. Nunca nos livraremos de um inimigo ao retribuir ódio com ódio; só é possível nos livrarmos de um inimigo livrando-nos da inimizade.
Abraham Lincoln adotou o caminho do amor e legou à história um drama magnífico de reconciliação. Quando estava em campanha para a presidência, havia entre seus arquiinimigos um homem chamado Stanton. Por alguma razão, Stanton odiava Lincoln. Lincoln, quando presidente dos Estados Unidos, precisou escolher o homem que preencheria o cargo de Secretário de Guerra. Vocês imaginam quem Lincoln escolheu para essa posição? Nada menos que o homem chamado Stanton. Assim, Stanton tornou-se o Secretário de Guerra de Abraham Lincoln e prestou serviços inestimáveis à nação e ao presidente.
4 – A quarta razão está expressa claramente nas palavras de Jesus: "Amem os seus inimigos [...] para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus". Somos chamados a essa difícil tarefa a fim de termos uma relação exclusiva com Deus (I Jo. 3:11-16; 4:7-21).
Napoleão Bonaparte, o grande gênio militar, ao recordar seus anos de conquista disse: "Alexandre, César, Carlos Magno e eu construímos grandes impérios. Mas em que nos apoiamos? Unicamente na força. Contudo, há séculos, Jesus começou um império baseado no amor, e ainda hoje milhares de pessoas morreriam por ele". Você só será vencedor quando amar teus inimigos (Mt. 5:48).
CONCLUSÃO
A ira é um dos pecados capitais mais destruidores já vistos. Portanto, precisamos lutar contra a ira diariamente.
APLICAÇÕES:
1 – Deus sonda os nossos corações, e sabe como está nosso coração para com nosso próximo.
2 – Muitos crentes têm deixado de receber bênçãos em suas vidas por causa da ira guardada em seus corações.
3 – Deus não está perguntando quem está com a razão; Deus está ordenando amar nossos inimigos.
4 – O contraponto da ira são as bem-aventuranças de Mt. 5:5,9: “Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra; bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus.
Rev. Cleber Macedo de Oliveira
quinta-feira, 5 de maio de 2011
SÉRIE "OS SETE PECADOS CAPITAIS"
OS SETE PECADOS CAPITAIS - 3º - LUXÚRIA
Baseado no livro "Os Sete Pecados Capitais" - Os Guinness
I Coríntios 6:12-20
Introdução
Certa vez presenciei uma cena que marcou minha memória por muitos anos. Eu estava numa festa com alguns amigos e familiares. Num determinado momento, o namorado de uma parenta minha foi ao banheiro. Neste instante, ela viu um antigo amigo e quase namorado. Ela olhou para um lado, olhou para o outro, e rapidamente saiu do seu lugar e deu um beijo na bochecha desse rapaz e voltou correndo para sua cadeira. Foi uma traição “branca”. John Piper diz que, quando fazemos isso, demonstramos duas coisas práticas da nossa vida:
a) Ateísmo prático – Ou seja, mesmo professando que creio em Deus, eu demonstro que não creio, pois eu olhos para os lados, mas não olho para cima. Quando eu olho para os lados, eu estou procurando ver se não há ninguém importante perto de mim. Porém, em cima de mim, não há ninguém importante.
b) Hedonismo físico – Há uma batalha entre o querer e o realizar quando olho para os lados. Porém, o prazer físico é mais forte e eu me entrego aos desejos da minha carne, mesmo sabendo que não é certo. Se meu corpo quer, por que negar isso a ele? Então, o prazer físico é mais desejado do que a alegria espiritual.
Se essas duas coisas andam juntas, Deus não tem valor para você, e os desejos carnais são mais importantes na tua vida do que tudo.
A luxúria pode ser entendido em seu sentido original: “deixar-se dominar pelas paixões”. Neste caso, principalmente as paixões sexuais. No caso da luxúria há diversas ramificações como, por exemplo, prostituição, sodomia (homossexualidade ativa e passiva), pornografia, incesto, pedofilia, zoofilia ou bestialismo, masturbação, fetichismo, sadismo (busca de prazer infligindo dor ao parceiro) e masoquismo (busca de prazer recebendo do parceiro punições que envolvem dor). Sendo um pecado capital, a luxúria pode atrair outros pecados como: aborto, transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, abuso sexual etc. Paulo, em Corinto, enfrenta grandes inimigos da luxúria, haja vista Corinto ser uma cidade luxuriante. E também havia problemas na própria igreja (5:1-5; 6:9-10).
Quais as características mortais da luxúria?
I – A LUXÚRIA É ESCRAVIZADORA (6:12-14)
A – O homem é dominado pelos seus prazeres carnais (v. 12)
A luxúria ou libertinagem é um pecado em que quase todos os homens têm alguma noção por experiência. Mas, certamente, é o pecado mais picante e mais popular. Até mesmo Tomás de Aquino comentou que a libertinagem é "praticamente o maior dos prazeres e cativa a mente mais que qualquer outro pecado". A luxúria ou libertinagem está estampada em tudo na mídia. A exploração é total e apelativa. Em nossa cultura, obcecada pelo sexo, cultua-se o prazer sexual e a beleza física, integrando a identidade, o vestuário, o estilo de vida e a posição social.
Dorothy Sayers "O aspecto deplorável e patológico da pornografia e da promiscuidade do século XX, sugere fortemente que atingimos um dos períodos de depressão espiritual em que as pessoas vão para cama por que não tem nada melhor para fazer". O ser humano é dominado por isso tudo (Rm. 7:18-24). Veja a orientação bíblica: Rm. 6:12-14).
B – O perigo do dualismo filosófico (v. 13-14)
Certamente aqui temos um alerta do apóstolo quanto ao perigo do dualismo filosófico. Provavelmente os epicureus foram lembrados por Paulo. Epicuro (sec. III a.C.) ensinava que o homem tem que extrair da vida o máximo de prazer, e não temer a morte, pois quando ela chegar você não estará mais lá. Assim, Paulo lembra essa filosofia em I Co. 15:32). É assim que vive nossa sociedade: uma libertinagem em prol da total satisfação sexual. Por outro lado, Paulo também lembrou que não podemos viver o avesso disso: já que a matéria é má não devemos nos preocupar com ela: comamos e bebamos, façamos sexo livre. Era isso que estava acontecendo (5:1-2; 11:21). Se o que importa é a alma, não é preciso nos preocupar com esse corpo, pois ele apodrecerá. Paulo, agora, cria outro slogan no verso 13b e 14. Isso é uma escravidão. Se você está vivendo essa escravidão, renda-se ao Senhor Jesus e peça perdão imediatamente.
II – A LUXÚRIA É DEGENERADORA (6:15-17)
Certamente a luxúria ou libertinagem degenera o ser humano e aquilo que Ele criou para o bem estar do homem.
A – A luxúria degenera a fidelidade
Muitas pessoas pensam que a traição, qualquer que seja, é apenas uma molecagem sem muitos perigos. Porém, Paulo mostra de outra maneira (6:15-16). Aquele que trai entra numa aliança perigosa. Veja o que Jesus ensinou em Mt. 5:27-32. E Deus criou o sexo para um propósito específico: a procriação da raça humana e a satisfação do casal. Porém, a luxúria desvirtua esses princípios, gerando dentro do meu ser o descontentamento.
Ilustração:
Don Juan, ou a festa com a estátua
SGANARELLE: Oh, céus! Conheço meu Don Juan na ponta dos dedos: seu coração é o maior ladrão do mundo; tem prazer em correr de um cativeiro a outro e detesta descansar em um só lugar.
DON JUAN: Agora, conte-me, não acha que estou certo por agir dessa maneira?
SGANARELLE: Ah! Senhor.
DON JUAN: O que é? Fale.
SGANARELLE: O senhor está, indubitavelmente, certo se estiver disposto a isso; sem comentários. Mas se não estivesse inclinado a fazê-lo então, possivelmente, seria outro assunto.
DON JUAN: Dou permissão para que fale e me conte o que sente.
SGANARELLE: Nesse caso, senhor, dir-lhe-ei francamente, não aprovo a sua conduta e acho algo abominável fazer amor com várias, como o senhor faz.
DON JUAN: O quê?! Você gostaria de ver um homem se amarrar e permanecer com o primeiro objeto que o atrai? E renunciar tudo por ela, tornar-se cego para todas as outras? Bela coisa! Orgulhar-se de uma honra vazia por ser fiel para se enterrar para sempre em uma paixão e morrer, em sua juven¬tude, para todas as outras beldades que lhe podem cativar! Não, não: a constância só é talhada para os tolos; toda mulher bonita tem. o direito de enfeitiçar. A vantagem de ser o primeiro a ser amado não pode roubar de outras as pretensões que todas têm por nosso coração... No entanto, pode ser impossível recusar ao meu coração qualquer criatura encantadora que observo; portanto, logo que uma face encantadora me pede, se eu tivesse dez mil corações, daria todos... Mas, logo que a dominamos, não há mais nada a dizer nem a ser desejado; todo o charme da paixão chega ao fim e devemos adormecer na tranqüilidade desse amor, a menos que um novo objeto decida acordar nossos desejos e apresentar, ao nosso coração, os encantos fascinantes de uma nova conquista.
(Extraído de The Plays of Moliere [As peças de Molière], Volume IV, A. R. Walker, trans. (Edinburgh: John Grant, 1826), pp. 149, 151).
B – A luxúria degenera o caráter
Os coríntios não tinham mais bom senso para julgar o caráter de seus irmãos; por isso as repreensões de Paulo (5:1-2; 6:9-10). O homossexualismo é outro exemplo disso, de uma prática luxuriante condenado pela Bíblia (Rm. 1:21,26-27; 6: I Co. 6:9). Quantas bestialidades temos enfrentados nestes últimos dias: zoofilia, pedofilia, lesbianismo etc.
III – A LUXÚRIA É CONDENADORA (6:18-20)
Fuja dessa devassidão na tua vida.
A – A figura da prostituição espiritual (v. 18-19)
É interessante como a prostituição física está ligada à prostituição cultual, tanto no AT quanto no NT (Jr. 13:27; Ez. 23:21,27,29,30,35; Ap. 18:3,7,9). Porque o veículo de adoração que você usa é o teu corpo, querido.
B – A figura do escravo (v. 20)
Você foi comprado por preço muito alto (Rm. 6:17,18,19,22-23). Se você continuar na prática da luxúria, você será condenado, pois você está desobedecendo ao teu Senhor.
CONCLUSÃO
E agora, quando você está só, e ninguém por perto, você continuará com um ateísmo prático e um hedonismo físico?
Aplicações:
1) Quando você se entrega aos prazeres sexuais, você deve se lembrar que nunca você foi tão escravo quanto nesse dia. A luxúria te escravizará;
2) Quando você se entregar às paixões da carne, lembre-se de que você não é esperto (pois consegue esconder de todo mundo), você é mal caráter;
3) Quando você se entregar à luxúria da vida, lembre-se do preço que ela cobrará de você: a condenação no inferno de fogo.
4) Qual a solução, então? Mt. 5:8: “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus”.
- Fuja da luxúria.
Rev. Cleber Macedo
Baseado no livro "Os Sete Pecados Capitais" - Os Guinness
I Coríntios 6:12-20
Introdução
Certa vez presenciei uma cena que marcou minha memória por muitos anos. Eu estava numa festa com alguns amigos e familiares. Num determinado momento, o namorado de uma parenta minha foi ao banheiro. Neste instante, ela viu um antigo amigo e quase namorado. Ela olhou para um lado, olhou para o outro, e rapidamente saiu do seu lugar e deu um beijo na bochecha desse rapaz e voltou correndo para sua cadeira. Foi uma traição “branca”. John Piper diz que, quando fazemos isso, demonstramos duas coisas práticas da nossa vida:
a) Ateísmo prático – Ou seja, mesmo professando que creio em Deus, eu demonstro que não creio, pois eu olhos para os lados, mas não olho para cima. Quando eu olho para os lados, eu estou procurando ver se não há ninguém importante perto de mim. Porém, em cima de mim, não há ninguém importante.
b) Hedonismo físico – Há uma batalha entre o querer e o realizar quando olho para os lados. Porém, o prazer físico é mais forte e eu me entrego aos desejos da minha carne, mesmo sabendo que não é certo. Se meu corpo quer, por que negar isso a ele? Então, o prazer físico é mais desejado do que a alegria espiritual.
Se essas duas coisas andam juntas, Deus não tem valor para você, e os desejos carnais são mais importantes na tua vida do que tudo.
A luxúria pode ser entendido em seu sentido original: “deixar-se dominar pelas paixões”. Neste caso, principalmente as paixões sexuais. No caso da luxúria há diversas ramificações como, por exemplo, prostituição, sodomia (homossexualidade ativa e passiva), pornografia, incesto, pedofilia, zoofilia ou bestialismo, masturbação, fetichismo, sadismo (busca de prazer infligindo dor ao parceiro) e masoquismo (busca de prazer recebendo do parceiro punições que envolvem dor). Sendo um pecado capital, a luxúria pode atrair outros pecados como: aborto, transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, abuso sexual etc. Paulo, em Corinto, enfrenta grandes inimigos da luxúria, haja vista Corinto ser uma cidade luxuriante. E também havia problemas na própria igreja (5:1-5; 6:9-10).
Quais as características mortais da luxúria?
I – A LUXÚRIA É ESCRAVIZADORA (6:12-14)
A – O homem é dominado pelos seus prazeres carnais (v. 12)
A luxúria ou libertinagem é um pecado em que quase todos os homens têm alguma noção por experiência. Mas, certamente, é o pecado mais picante e mais popular. Até mesmo Tomás de Aquino comentou que a libertinagem é "praticamente o maior dos prazeres e cativa a mente mais que qualquer outro pecado". A luxúria ou libertinagem está estampada em tudo na mídia. A exploração é total e apelativa. Em nossa cultura, obcecada pelo sexo, cultua-se o prazer sexual e a beleza física, integrando a identidade, o vestuário, o estilo de vida e a posição social.
Dorothy Sayers "O aspecto deplorável e patológico da pornografia e da promiscuidade do século XX, sugere fortemente que atingimos um dos períodos de depressão espiritual em que as pessoas vão para cama por que não tem nada melhor para fazer". O ser humano é dominado por isso tudo (Rm. 7:18-24). Veja a orientação bíblica: Rm. 6:12-14).
B – O perigo do dualismo filosófico (v. 13-14)
Certamente aqui temos um alerta do apóstolo quanto ao perigo do dualismo filosófico. Provavelmente os epicureus foram lembrados por Paulo. Epicuro (sec. III a.C.) ensinava que o homem tem que extrair da vida o máximo de prazer, e não temer a morte, pois quando ela chegar você não estará mais lá. Assim, Paulo lembra essa filosofia em I Co. 15:32). É assim que vive nossa sociedade: uma libertinagem em prol da total satisfação sexual. Por outro lado, Paulo também lembrou que não podemos viver o avesso disso: já que a matéria é má não devemos nos preocupar com ela: comamos e bebamos, façamos sexo livre. Era isso que estava acontecendo (5:1-2; 11:21). Se o que importa é a alma, não é preciso nos preocupar com esse corpo, pois ele apodrecerá. Paulo, agora, cria outro slogan no verso 13b e 14. Isso é uma escravidão. Se você está vivendo essa escravidão, renda-se ao Senhor Jesus e peça perdão imediatamente.
II – A LUXÚRIA É DEGENERADORA (6:15-17)
Certamente a luxúria ou libertinagem degenera o ser humano e aquilo que Ele criou para o bem estar do homem.
A – A luxúria degenera a fidelidade
Muitas pessoas pensam que a traição, qualquer que seja, é apenas uma molecagem sem muitos perigos. Porém, Paulo mostra de outra maneira (6:15-16). Aquele que trai entra numa aliança perigosa. Veja o que Jesus ensinou em Mt. 5:27-32. E Deus criou o sexo para um propósito específico: a procriação da raça humana e a satisfação do casal. Porém, a luxúria desvirtua esses princípios, gerando dentro do meu ser o descontentamento.
Ilustração:
Don Juan, ou a festa com a estátua
SGANARELLE: Oh, céus! Conheço meu Don Juan na ponta dos dedos: seu coração é o maior ladrão do mundo; tem prazer em correr de um cativeiro a outro e detesta descansar em um só lugar.
DON JUAN: Agora, conte-me, não acha que estou certo por agir dessa maneira?
SGANARELLE: Ah! Senhor.
DON JUAN: O que é? Fale.
SGANARELLE: O senhor está, indubitavelmente, certo se estiver disposto a isso; sem comentários. Mas se não estivesse inclinado a fazê-lo então, possivelmente, seria outro assunto.
DON JUAN: Dou permissão para que fale e me conte o que sente.
SGANARELLE: Nesse caso, senhor, dir-lhe-ei francamente, não aprovo a sua conduta e acho algo abominável fazer amor com várias, como o senhor faz.
DON JUAN: O quê?! Você gostaria de ver um homem se amarrar e permanecer com o primeiro objeto que o atrai? E renunciar tudo por ela, tornar-se cego para todas as outras? Bela coisa! Orgulhar-se de uma honra vazia por ser fiel para se enterrar para sempre em uma paixão e morrer, em sua juven¬tude, para todas as outras beldades que lhe podem cativar! Não, não: a constância só é talhada para os tolos; toda mulher bonita tem. o direito de enfeitiçar. A vantagem de ser o primeiro a ser amado não pode roubar de outras as pretensões que todas têm por nosso coração... No entanto, pode ser impossível recusar ao meu coração qualquer criatura encantadora que observo; portanto, logo que uma face encantadora me pede, se eu tivesse dez mil corações, daria todos... Mas, logo que a dominamos, não há mais nada a dizer nem a ser desejado; todo o charme da paixão chega ao fim e devemos adormecer na tranqüilidade desse amor, a menos que um novo objeto decida acordar nossos desejos e apresentar, ao nosso coração, os encantos fascinantes de uma nova conquista.
(Extraído de The Plays of Moliere [As peças de Molière], Volume IV, A. R. Walker, trans. (Edinburgh: John Grant, 1826), pp. 149, 151).
B – A luxúria degenera o caráter
Os coríntios não tinham mais bom senso para julgar o caráter de seus irmãos; por isso as repreensões de Paulo (5:1-2; 6:9-10). O homossexualismo é outro exemplo disso, de uma prática luxuriante condenado pela Bíblia (Rm. 1:21,26-27; 6: I Co. 6:9). Quantas bestialidades temos enfrentados nestes últimos dias: zoofilia, pedofilia, lesbianismo etc.
III – A LUXÚRIA É CONDENADORA (6:18-20)
Fuja dessa devassidão na tua vida.
A – A figura da prostituição espiritual (v. 18-19)
É interessante como a prostituição física está ligada à prostituição cultual, tanto no AT quanto no NT (Jr. 13:27; Ez. 23:21,27,29,30,35; Ap. 18:3,7,9). Porque o veículo de adoração que você usa é o teu corpo, querido.
B – A figura do escravo (v. 20)
Você foi comprado por preço muito alto (Rm. 6:17,18,19,22-23). Se você continuar na prática da luxúria, você será condenado, pois você está desobedecendo ao teu Senhor.
CONCLUSÃO
E agora, quando você está só, e ninguém por perto, você continuará com um ateísmo prático e um hedonismo físico?
Aplicações:
1) Quando você se entrega aos prazeres sexuais, você deve se lembrar que nunca você foi tão escravo quanto nesse dia. A luxúria te escravizará;
2) Quando você se entregar às paixões da carne, lembre-se de que você não é esperto (pois consegue esconder de todo mundo), você é mal caráter;
3) Quando você se entregar à luxúria da vida, lembre-se do preço que ela cobrará de você: a condenação no inferno de fogo.
4) Qual a solução, então? Mt. 5:8: “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus”.
- Fuja da luxúria.
Rev. Cleber Macedo
quarta-feira, 4 de maio de 2011
SÉRIE "OS SETE PECADOS CAPITAIS"
OS SETE PECADOS CAPITAIS – 2º - AVAREZA
Baseado no livro "Os Sete Pecados Capitais" - Os Guinness
Lucas 12:13-21
Introdução
Revista Veja: 11/08/2010 - Quarenta bilionários norte-americanos e suas famílias assumiram o compromisso de doar pelo menos metade de suas respectivas fortunas para a caridade, num movimento encabeçado pelo co-fundador da Microsoft, Bill Gates, e pelo mega-investidor Warren Buffett. Gates, dono de 53 bilhões de dólares, deixará apenas 10 milhões para cada um dos três filhos. Warren Buffett prometeu doar 99% de seus 47 bilhões de dólares. Ele ficará com apena 470 milhões de dólares para viver o resto da vida. Esses homens, se cumprirem o que prometeram, estarão indo contrário ao tema da Avareza.
AVAREZA - Desordenada ambição por dinheiro. Do grego filargiria (amor à prata). É um desordenado afã de ter. Um dos piores pecados capitais. Mark Twain disse: Poucos de nós somos capazes de tolera prosperidade. Isto é, a dos outros. Bertrand Russell também falou: A preocupação de possuir as coisas é o que mais impede as pessoas de viverem livre e nobremente, mais que qualquer outro fator. O pecado da avareza possui dois componentes:
1) Obter o que não temos;
2) Preservar o que temos.
É preciso esclarecer que as "coisas", em si mesmas, não são o problema. A avareza somente entra em cena quando o desejo pelas possessões temporais se torna desordenado e, a seguir, idolatria.
CONTEXTO:
No texto de Lucas 12, vemos Jesus reprovando a Avareza. O texto tem três momentos:
1) 12:13-14 – Jesus e recusa se envolver na partilha da herança;
2) 12:15 – Eixo textual entre a reivindicação do homem e a parábola acerca do homem insensato;
3) 12:16-21 – A parábola do homem insensato.
Quanto do nosso coração está tomado por essa avareza humana? Como se livrar dela?
I – A AVAREZA PRESSUPÕE INIMIZADE CONTRA O PRÓXIMO (12:13-14)
O texto diz que um homem pediu a Jesus para que julgasse uma causa de herança. Primeiro, já havia leis que regulavam aquela situação (Dt. 21:17). Provavelmente, aquele homem era um filho mais novo e se achava injustiçado por receber porção menor da herança. Segundo, aquele homem vê a Jesus numa posição de rabino, pois os rabinos pronunciavam decisões sobre pontos disputados na lei mosaica. A resposta de Jesus mostra que ele não era nem juiz, para dizer se havia injustiça ou não, nem mesmo partidor, ou seja, um rabino intérprete da lei. Isso não é prioritário no Reino de Deus. E o pior: Por causa da avareza nós fazemos verdadeiras guerras contra nosso próximo: brigas por heranças, por partilhas. É importante perceber que há uma ilusão no possuir. O que possuímos ao possuir? Somente uma alegria transitória ou um status não duradouro ("você não pode levá-lo consigo"), e isso, de fato, não pode ser passado a um herdeiro. A busca por possuir é, portanto, uma miragem; perseguida obsessivamente e autodestruidora.
Toda vez que eu quero em excesso eu levanto contenda com meu próximo:
a) Davi quis Bate-Sebá;
b) Nabal recusou ajudar a Davi quando este fugia (I Sm. 25:2,3,10,11);
c) Acabe rouba a vinha de Nabote (I Rs. 21).
Tiago fala que a avareza resulta do coração de contendas que há no homem (Tg. 4:1-3).O avarento não compartilha, não ajuda, não estende a mão, não é bom samaritano.
Ilustração: Alexandre, o Grande, sabia disso. Conquistou o mundo conhecido e queixou-se por não haver mais mundos para conquistar. Mas ordenou que, quando morresse, sua mão vazia fosse deixada dependurada fora de seu esquife para mostrar que "do mundo nada se leva".
II – A AVAREZA PRESSUPÕE INIMIZADE CONTRA DEUS (12:15)
A avareza possui duas características que se opõe fortemente contra Deus:
A) A Avareza é idolatria (v. 15ª) – Jesus já alertara quando a isso em Mt. 6:19-21, 24. Francis Bacon escreveu: "Se o dinheiro não é seu servo, será seu mestre. Não se pode dizer do homem cobiçoso que ele possui riquezas, deve-se dizer que elas o possuem". É por isso que Jesus disse: tende cuidado... Se você não se cuidar, o dinheiro será teu deus, ele te dominará em tudo e todas as circunstâncias.
B) A Avareza é a pretensão do homem de viver sem Deus (v. 15b) – Poderíamos parafrasear o versículo assim: “A vida de um homem não lhe pertence, sem importar quão rico possa ser”. O avaro pensa que pode viver sem Deus. Pensa que seu dinheiro o torna Todo-poderoso e independente. I Tm. 6:10: “Porque o amor do dinheiro é a raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores”. Midas, cujo toque transformava tudo em ouro, pediu a Baco para tirar-lhe seu dom porque seu alimento de ouro não era comestível e precisava de alimento verdadeiro.
III – A AVAREZA PRESSUPÕE INIMIZADE CONTRA SI MESMO (12:16-21)
A pior desgraça para um homem é amar as coisas mais do que a si mesmo. Ele se priva para obter mais e mais. O que ele fez de errado?
A – Faltou ao homem contentamento (v. 16-18)
Quanto é o suficiente? Não há erro em prosperar; o problema é não querer parar. Leia Ec. 5:10, 13-15.
Ilustração de Leon Tolstoi, “De quanta terra uma pessoa necessita?”. Pahón queria comprar terras muito produtivas dos Bashkrs. A oferta: quanto você puder andar do nascente do sol até seu poente, voltando ao mesmo lugar, será seu por mil rubros. Tudo que precisava era de um metro e oitenta centímetros, da cabeça aos calcanhares.
B – Faltou ao homem a perspectiva do céu (v. 19-20)
A atitude daquele homem era totalmente voltada para as coisas da terra. Veja Ec. 8:15. Agora, compare com I Co. 15:32. Aqueles que não têm esperança vivem assim. Por 4 vezes aparece o pronome pessoal “meu” (mou). Mas Deus disse: Louco...Se vive assim, pensando somente em você mesmo, você é um louco.
A obra de Deus sofre porque, muitas vezes, os crentes só pensam nesta vida. Quando você não dizima... Quando você não oferta para missões... Quando você não ajuda a obra social da igreja.
CONCLUSÃO
Qual o contraponto desse pecado capital? É a bem-aventurança que está registrada em Mt. 5:7: “Bem aventurado os misericordiosos porque eles alcançarão misericórdia”.
O pecado da avareza centraliza-se na ambição dobrada: obter o que não temos e manter o que temos.
1) O contraponto do primeiro (obter o que não temos) é o contentamento
2) O contraponto do último (manter o que temos) é generosidade, ambos são o cerne da misericórdia.
Veja esse epitáfio antigo: O que guardei, perdi; o que gastei, eu tive; o que dei, eu tenho. A misericórdia não é apenas ausência de avareza, mas presença de genero¬sidade, principalmente para com os nossos inimigos (Lc. 6:35). Na obra de Victor Hugo (Os miseráveis) – O monsenhor Bienvenu teve sua prataria roubada por João Valjean. Mas, foi absolvido pelo monsenhor quando pego pelos guardas. O monsenhor disse a João Valjean: "Não se esqueça, nunca, que você me prometeu usar essa prata a fim de se tornar um homem honesto. João Valjean, meu irmão, você não mais pertence ao mau, mas ao bem. É sua alma que estou comprando para você. Eu a removo dos maus pensamentos e do espírito da perdição e a entrego a Deus!"
Rev. Cleber Macedo
Baseado no livro "Os Sete Pecados Capitais" - Os Guinness
Lucas 12:13-21
Introdução
Revista Veja: 11/08/2010 - Quarenta bilionários norte-americanos e suas famílias assumiram o compromisso de doar pelo menos metade de suas respectivas fortunas para a caridade, num movimento encabeçado pelo co-fundador da Microsoft, Bill Gates, e pelo mega-investidor Warren Buffett. Gates, dono de 53 bilhões de dólares, deixará apenas 10 milhões para cada um dos três filhos. Warren Buffett prometeu doar 99% de seus 47 bilhões de dólares. Ele ficará com apena 470 milhões de dólares para viver o resto da vida. Esses homens, se cumprirem o que prometeram, estarão indo contrário ao tema da Avareza.
AVAREZA - Desordenada ambição por dinheiro. Do grego filargiria (amor à prata). É um desordenado afã de ter. Um dos piores pecados capitais. Mark Twain disse: Poucos de nós somos capazes de tolera prosperidade. Isto é, a dos outros. Bertrand Russell também falou: A preocupação de possuir as coisas é o que mais impede as pessoas de viverem livre e nobremente, mais que qualquer outro fator. O pecado da avareza possui dois componentes:
1) Obter o que não temos;
2) Preservar o que temos.
É preciso esclarecer que as "coisas", em si mesmas, não são o problema. A avareza somente entra em cena quando o desejo pelas possessões temporais se torna desordenado e, a seguir, idolatria.
CONTEXTO:
No texto de Lucas 12, vemos Jesus reprovando a Avareza. O texto tem três momentos:
1) 12:13-14 – Jesus e recusa se envolver na partilha da herança;
2) 12:15 – Eixo textual entre a reivindicação do homem e a parábola acerca do homem insensato;
3) 12:16-21 – A parábola do homem insensato.
Quanto do nosso coração está tomado por essa avareza humana? Como se livrar dela?
I – A AVAREZA PRESSUPÕE INIMIZADE CONTRA O PRÓXIMO (12:13-14)
O texto diz que um homem pediu a Jesus para que julgasse uma causa de herança. Primeiro, já havia leis que regulavam aquela situação (Dt. 21:17). Provavelmente, aquele homem era um filho mais novo e se achava injustiçado por receber porção menor da herança. Segundo, aquele homem vê a Jesus numa posição de rabino, pois os rabinos pronunciavam decisões sobre pontos disputados na lei mosaica. A resposta de Jesus mostra que ele não era nem juiz, para dizer se havia injustiça ou não, nem mesmo partidor, ou seja, um rabino intérprete da lei. Isso não é prioritário no Reino de Deus. E o pior: Por causa da avareza nós fazemos verdadeiras guerras contra nosso próximo: brigas por heranças, por partilhas. É importante perceber que há uma ilusão no possuir. O que possuímos ao possuir? Somente uma alegria transitória ou um status não duradouro ("você não pode levá-lo consigo"), e isso, de fato, não pode ser passado a um herdeiro. A busca por possuir é, portanto, uma miragem; perseguida obsessivamente e autodestruidora.
Toda vez que eu quero em excesso eu levanto contenda com meu próximo:
a) Davi quis Bate-Sebá;
b) Nabal recusou ajudar a Davi quando este fugia (I Sm. 25:2,3,10,11);
c) Acabe rouba a vinha de Nabote (I Rs. 21).
Tiago fala que a avareza resulta do coração de contendas que há no homem (Tg. 4:1-3).O avarento não compartilha, não ajuda, não estende a mão, não é bom samaritano.
Ilustração: Alexandre, o Grande, sabia disso. Conquistou o mundo conhecido e queixou-se por não haver mais mundos para conquistar. Mas ordenou que, quando morresse, sua mão vazia fosse deixada dependurada fora de seu esquife para mostrar que "do mundo nada se leva".
II – A AVAREZA PRESSUPÕE INIMIZADE CONTRA DEUS (12:15)
A avareza possui duas características que se opõe fortemente contra Deus:
A) A Avareza é idolatria (v. 15ª) – Jesus já alertara quando a isso em Mt. 6:19-21, 24. Francis Bacon escreveu: "Se o dinheiro não é seu servo, será seu mestre. Não se pode dizer do homem cobiçoso que ele possui riquezas, deve-se dizer que elas o possuem". É por isso que Jesus disse: tende cuidado... Se você não se cuidar, o dinheiro será teu deus, ele te dominará em tudo e todas as circunstâncias.
B) A Avareza é a pretensão do homem de viver sem Deus (v. 15b) – Poderíamos parafrasear o versículo assim: “A vida de um homem não lhe pertence, sem importar quão rico possa ser”. O avaro pensa que pode viver sem Deus. Pensa que seu dinheiro o torna Todo-poderoso e independente. I Tm. 6:10: “Porque o amor do dinheiro é a raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores”. Midas, cujo toque transformava tudo em ouro, pediu a Baco para tirar-lhe seu dom porque seu alimento de ouro não era comestível e precisava de alimento verdadeiro.
III – A AVAREZA PRESSUPÕE INIMIZADE CONTRA SI MESMO (12:16-21)
A pior desgraça para um homem é amar as coisas mais do que a si mesmo. Ele se priva para obter mais e mais. O que ele fez de errado?
A – Faltou ao homem contentamento (v. 16-18)
Quanto é o suficiente? Não há erro em prosperar; o problema é não querer parar. Leia Ec. 5:10, 13-15.
Ilustração de Leon Tolstoi, “De quanta terra uma pessoa necessita?”. Pahón queria comprar terras muito produtivas dos Bashkrs. A oferta: quanto você puder andar do nascente do sol até seu poente, voltando ao mesmo lugar, será seu por mil rubros. Tudo que precisava era de um metro e oitenta centímetros, da cabeça aos calcanhares.
B – Faltou ao homem a perspectiva do céu (v. 19-20)
A atitude daquele homem era totalmente voltada para as coisas da terra. Veja Ec. 8:15. Agora, compare com I Co. 15:32. Aqueles que não têm esperança vivem assim. Por 4 vezes aparece o pronome pessoal “meu” (mou). Mas Deus disse: Louco...Se vive assim, pensando somente em você mesmo, você é um louco.
A obra de Deus sofre porque, muitas vezes, os crentes só pensam nesta vida. Quando você não dizima... Quando você não oferta para missões... Quando você não ajuda a obra social da igreja.
CONCLUSÃO
Qual o contraponto desse pecado capital? É a bem-aventurança que está registrada em Mt. 5:7: “Bem aventurado os misericordiosos porque eles alcançarão misericórdia”.
O pecado da avareza centraliza-se na ambição dobrada: obter o que não temos e manter o que temos.
1) O contraponto do primeiro (obter o que não temos) é o contentamento
2) O contraponto do último (manter o que temos) é generosidade, ambos são o cerne da misericórdia.
Veja esse epitáfio antigo: O que guardei, perdi; o que gastei, eu tive; o que dei, eu tenho. A misericórdia não é apenas ausência de avareza, mas presença de genero¬sidade, principalmente para com os nossos inimigos (Lc. 6:35). Na obra de Victor Hugo (Os miseráveis) – O monsenhor Bienvenu teve sua prataria roubada por João Valjean. Mas, foi absolvido pelo monsenhor quando pego pelos guardas. O monsenhor disse a João Valjean: "Não se esqueça, nunca, que você me prometeu usar essa prata a fim de se tornar um homem honesto. João Valjean, meu irmão, você não mais pertence ao mau, mas ao bem. É sua alma que estou comprando para você. Eu a removo dos maus pensamentos e do espírito da perdição e a entrego a Deus!"
Rev. Cleber Macedo
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